Hoje deixo-vos um poema lindo de Pablo Neruda que algumas de vós já devem conhecer. Foi-me enviado por um "pau" que está a recuperar de uma acidente de viação e que tem tido uma força incrivél! Apesar de "pau", é um heroi, para mim!
Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, quem não ouve música,
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, repetindo todos os
dias o mesmo trajecto, quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca
vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o "preto no branco" e os "pontos nos is"
a um turbilhão de emoções indomáveis,
justamente as que resgatam brilho nos olhos,
sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, Quem
não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, Quem não se permite, uma
vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva
incessante, desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, Não perguntando
sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe
indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo Exige um
esforço muito maior do que o simples acto de respirar. Estejamos vivos,
então!
Pablo Neruda
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
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1 comentário:
Como custa às vezes estar Vivo!
Mas é bem mais interessante fazer o esforço de VIVER do que sentir morrer "em doses suaves"!
Pois é... "só" me falta mesmo aprender a voar para estar em pleno no palco da Vida :)
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